Durante a espera pelo atendimento médico da minha filha num hospital, fiquei dando um rolê nas minhas redes sociais, dei de cara com um post e resolvi comentar que estava sentindo, dentro de um hospital, que o vírus parecia me rondar, meio que lógico, certo? Afinal a carga viral de um hospital é super alta.
O que eu queria dizer era que a gente está mais fragilizado,
temos sim alguns medos, senão por nós “super mulheres” ou “super homens”, pelos
nossos familiares e amigos. Estamos numa fase complexa, perigosa e triste por
tantas perdas e dificuldades nossas e dos outros.
Tem como ser indiferente? Viver num mundo paralelo? Dizer que
tudo está maravilhoso, quando pelo menos 3 “meus sentimentos” ou 10 “melhoras”
a gente fala/escreve por dia?????
Por mais que a vida siga, com alegrias, com as
conquistas e bons resultados alcançados e, principalmente, por estarmos vivos e
saudáveis com nossas famílias, como é que eu vivo essa felicidade radiante diante
de uma realidade mundial catastrófica??? E que não está só do outro lado do planeta,
está aqui pertinho também?
Claro que devemos ser positivos, otimistas, leves e gratos, mas “esnobar” felicidade já é
outra coisa. As vezes esses exageros causam mais sofrimento ainda em quem não
está conseguindo lidar bem com tudo isso. Uma das faces mais complexas da empatia é justamente ser discreto em respeito ao outro que sofre, quando queremos explodir nossas alegrias por aí.
Mas voltando ao post, parecia que eu estava num paredão
sendo julgada como “a moça do fica em casa” por gente que nunca vi. Muitos
franco atiradores me ofendendo, mesmo sabendo que poderia estar aflita por não
saber qual era o problema da minha filha naquele momento.
Fiquei assustada com tamanha baixaria, teve uma ou outra
pessoa que foi generosa nos comentários, mas uma delas não parava, foi bem
longe. No fim, avisei o proprietário da página e excluí meu comentário, pois não
tenho repertório para isso e nem vontade de debater nesse nível.
Assim pude refleti!
Primeiro, a respeito dessa polaridade toda que estamos vivendo, agora a rotulagem depende de que medicamento que eu tomo ou qual medida preventiva eu adoto em relação à COVID.
A outra questão é que sempre tiveram polaridades políticas,
só que antes a gente não tinha rede social que nos expunha diante de todos,
inclusive no âmbito profissional e aí temos o risco de criarmos uma mídia negativa
prejudicial nos nossos negócios ou no mercado de trabalho que atualmos.
Radicalismos, falta de empatia, individualismos, falácias,
discussões, vocabulários inadequados, conteúdos discriminatórios ou que incitam
o ódio/violência e outros tantos comportamentos negativos, como os que presenciei
ontem e outras vezes, são mal vistos por empresas em geral, pois se nas redes
sociais a pessoa exala ódio pelo contraditório ou não sabe dialogar ou se
comportar, dentro de um contexto corporativo pode ter dificuldades nos seus
relacionamentos interpessoais, principalmente sob pressão.
Além disso, a imagem dos colaboradores e dirigentes, dentro e fora do ambiente corporativo, afeta a reputação da empresa ao longo de sua existência e essa reputação é seu maior ativo, é o que a mantém no mercado.
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