quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

A sua reputação e as redes sociais!

Durante a espera pelo atendimento médico da minha filha num hospital, fiquei dando um rolê nas minhas redes sociais, dei de cara com um post e resolvi comentar que estava sentindo, dentro de um hospital, que o vírus parecia me rondar, meio que lógico, certo? Afinal a carga viral de um hospital é super alta.

O que eu queria dizer era que a gente está mais fragilizado, temos sim alguns medos, senão por nós “super mulheres” ou “super homens”, pelos nossos familiares e amigos. Estamos numa fase complexa, perigosa e triste por tantas perdas e dificuldades nossas e dos outros.

Tem como ser indiferente? Viver num mundo paralelo? Dizer que tudo está maravilhoso, quando pelo menos 3 “meus sentimentos” ou 10 “melhoras” a gente fala/escreve por dia?????

Por mais que a vida siga, com alegrias, com as conquistas e bons resultados alcançados e, principalmente, por estarmos vivos e saudáveis com nossas famílias, como é que eu vivo essa felicidade radiante diante de uma realidade mundial catastrófica??? E que não está só do outro lado do planeta, está aqui pertinho também?

Claro que devemos ser positivos, otimistas, leves e gratos, mas “esnobar” felicidade já é outra coisa. As vezes esses exageros causam mais sofrimento ainda em quem não está conseguindo lidar bem com tudo isso. Uma das faces mais complexas da empatia é justamente ser discreto em respeito ao outro que sofre, quando queremos explodir nossas alegrias por aí.

Mas voltando ao post, parecia que eu estava num paredão sendo julgada como “a moça do fica em casa” por gente que nunca vi. Muitos franco atiradores me ofendendo, mesmo sabendo que poderia estar aflita por não saber qual era o problema da minha filha naquele momento.

Fiquei assustada com tamanha baixaria, teve uma ou outra pessoa que foi generosa nos comentários, mas uma delas não parava, foi bem longe. No fim, avisei o proprietário da página e excluí meu comentário, pois não tenho repertório para isso e nem vontade de debater nesse nível.

Assim pude refleti! 

Primeiro, a respeito dessa polaridade toda que estamos vivendo, agora a rotulagem depende de que medicamento que eu tomo ou qual medida preventiva eu adoto em relação à COVID.

A outra questão é que sempre tiveram polaridades políticas, só que antes a gente não tinha rede social que nos expunha diante de todos, inclusive no âmbito profissional e aí temos o risco de criarmos uma mídia negativa prejudicial nos nossos negócios ou no mercado de trabalho que atualmos.

Radicalismos, falta de empatia, individualismos, falácias, discussões, vocabulários inadequados, conteúdos discriminatórios ou que incitam o ódio/violência e outros tantos comportamentos negativos, como os que presenciei ontem e outras vezes, são mal vistos por empresas em geral, pois se nas redes sociais a pessoa exala ódio pelo contraditório ou não sabe dialogar ou se comportar, dentro de um contexto corporativo pode ter dificuldades nos seus relacionamentos interpessoais, principalmente sob pressão.

Além disso, a imagem dos colaboradores e dirigentes, dentro e fora do ambiente corporativo, afeta a reputação da empresa ao longo de sua existência e essa reputação é seu maior ativo, é o que a mantém no mercado.

E assim como as empresas, a nossa reputação também é construída ao longo de uma vida inteira. Por isso, antes de falar, escrever, postar ou comentar qualquer coisa, analise se vale a pena o risco e o impacto que isso pode causar na sua vida.





Nenhum comentário:

Postar um comentário